A República contra a Máquina

1- Não o mero viver, mas a busca da vida bela. 2- A Liberdade não se negocia, a Paz sim. "Pode-se imaginar um prazer e força na auto-determinação, uma liberdade da vontade, em que um espírito se despede de toda crença, todo desejo de certeza, treinado que é em se equilibrar sobre tênues cordas e possibilidades e em dançar até mesmo à beira de abismos. Um tal espírito seria o espírito livre por excelência" (Nietzsche. Gaia Ciência, parágrafo 347)

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quinta-feira, maio 31, 2007

Serra recuou

Aparentemente, falta verificar com mais cuidado, o governador José Serra reviu a sua posição nos decretos. Se for verdade mesmo, isto representa uma vitória do movimento dos estudantes e funcionários, e também da educação pública no Estado de SP.
A notícia sobre a revisão de Serra está um pouco confusa e foi feita por um reporter aparentemente contrário à ocupação, mas vale conferir com ressalvas:
http://noticias.uol.com.br/educacao/ultnot/ult105u5406.jhtm

O Blog da Ocupação:
http://ocupacaousp.noblogs.org/

Os vídeos feitos pelos estudantes que ocuparam a Reitoria:
http://ocupacaousp.noblogs.org/category/vdeos

quarta-feira, maio 30, 2007

O problema maior é a corrupção ou o projeto político neoliberal que domina o País?

Os dois principais partidos brasileiros, o PT e o PSDB, concordam na maioria dos pontos. Aplicam a mesma política econômica, que privilegia o setor financeiro em detrimento do setor produtivo e dos trabalhadores. Aplicam a mesma política social de ajuda focalizada aos comprovadamente pobres, sem lhes oferecer uma alternativa real de sair da pobreza.

Como eles concordam no essencial, a política econômica, não há dicussão sobre projetos de país, alternativas de desenvolvimento, outras políticas sociais etc. Então o único assunto que sobra para que eles disputem o poder é a corrupção.
Mas será mesmo que a corrupção é o principal problema do país?
A corrupção fez o Brasil perder R$ 26,2 bilhões em um ano, segundo pesquisa que está no site:
http://contasabertas.uol.com.br/noticias/detalhes_noticias.asp?auto=1738

Sem dúvida a corrupção é um problema grave e que tem que ser combatido com rigor, mas não podemos esquecer que a política econômica que tira cada vez mais dinheiro do povo através de impostos e os transfere aos que vivem de renda (bancos e rentistas) é o maior mal do país. Só nesse mesmo período essa política fez o Brasil perder 160 bilhões de dólares com pagamento de juros.

Páginas políticas e páginas policiais

É impressionante como a política parece estar desaparecendo rapidamente no Brasil, se é que já não desapareceu. Entendo política aqui no sentido grande da palavra, como aquela forma de poder onde os cidadãos, iguais entre si, disputam idéias e projetos de país e tentam convencer, no debate público, os outros cidadãos da superioridade dos seus projetos para o bem comum.

É só abrir qualquer jornal e você não conseguirá saber aonde está o caderno de política. Pois o caderno de política virou o caderno policial. Não há debate sobre projetos para o futuro do país. A política no Brasil se reduziu a acusações de corrupção e a operações policiais.

Manifestações na Venezuela

O governo Chávez enfrenta protestos contra a não-renovação da concessão do canal RCTV. Resta saber se essas manifestações serão apoiadas por uma parcela considerável do povo ou se ficarão restritas a setores de classe média, como tem sido até agora.

Mesmo sabendo de riscos de um possível autoritarismo em curso na Venezuela, a decisão de não-renovar a concessão da RCTV não é em si um sinal de autoritarismo, pois os canais de TV são uma concessão do Estado e a RCTV defendeu explicitamente o golpe de Estado, apoiado pelos EUA, que tentou derrubar o presidente Chávez. O presidente Chávez tinha sido legitimamente eleito pela maioria dos venezuelanos. Defender um golpe contra um presidente eleito legitimamente é um ato inconstitucional. Portanto, o Estado não pode conceder um canal de TV para uma empresa que agiu contra a constituição. Para agravar a acusação contra a RCTV, além de inconstitucional sua atitude de apoiar o golpe estava ligada aos interesses privados da elite venezuelana e dos EUA que querem impedir uma mudança social significativa na Venezuela.

No entanto, não será uma boa atitude de Chávez se a nova TV estatal que substituirá a RCTV for uma TV chapa branca, uma TV oficial que não poderá fazer crítica ao governo, porque nenhum governo deve estar livre de críticas e de fiscalização por parte do povo.

segunda-feira, maio 28, 2007

Ocupação da reitoria da USP

Os estudantes que ocupam a reitoria da USP estão dando um exemplo de resistência e luta. O governo Serra tentou enfiar goela abaixo da comunidade universitária decretos que ameaçam a autonomia universitária, conquistada tão duramente após o fim da ditadura militar. A interferência de Serra tem o objetivo de aumentar o controle sobre a Universidade e facilitar o caminho para o corte de verbas para a universidade pública. É a única explicação que eu consegui encontrar até agora para o inédito continenciamento de verba que ele ordenou ao Cláudio Lembo em dez/2006 (isso nunca havia acontecido desde a criação da autonomia universitária em 1988).

Os estudantes de todo o Brasil deveriam apoiar os estudantes da USP, mesmo os que estudam nas universidades privadas, pois o governo, em vez de expandir as vagas nas universidades públicas, permitindo que mais alunos de todas as classes sociais entrem nas públicas, está sucateando o ensino superior público e transferindo dinheiro para os donos de universidades particulares através de financiamento estudantil. O mesmo dinheiro poderia ser utilizado para aumentar as vagas nas públicas, até que chegássemos um dia no ponto de países como Canadá, onde todas as universidades são públicas e gratuitas e há vagas para todos, sem necessidade de vestibular (lá as universidades privadas são proibidas). Mas em vez disso, o governo quer acabar com a qualidade do ensino superior público, da mesma forma como ele havia antes feito com a qualidade do ensino médio público, que se tornou deprimente. A diferença é que quando começaram a detonar a qualidade do ensino médio público não houve nenhuma resistência, nenhuma revolta da população, e agora os estudantes das públicas estão lutando para evitar que o mesmo aconteça nas universidades públicas.

O governo e parte da mídia tenta desqualificar a ação dos estudantes da USP como atos de radicalismo, poderíamos dizer: é verdade! é preciso ser radical na defesa da educação. Não podemos ser tolerantes com governos que dão as costas para os interesses do povo e tiram cada vez mais impostos daqueles que trabalham para transferir para aqueles que vivem de renda e recebem os juros da dívida pública. Que o dinheiro dos impostos esteja a serviço do povo! Que seja aplicado em saúde, educação, habitação e nos direitos essenciais dos cidadãos, e não sirva para engordar os lucros dos financistas e agiotas internacionais.

Parte da mídia tenta jogar o povo contra os estudantes da USP, alegando que são todos "filhos de papai" e que não deveria haver universidade pública. É verdade que boa parte dos estudantes da USP é de classe média e uma parte é de classe alta. Mas é mentira dizer que só ricos estudam lá. Uma pesquisa mostrou que os realmente ricos estudam principalmente na FGV, na FAAP e na PUC. É mentira dizer que não há alunos da classe trabalhadora lá. São mais de 5.000 alunos da usp que moram no CRUSP (conjunto residencial da usp) e são comprovadamente da classe trabalhadora, pois eles fazem lá um questionário sócio-econômico e investigam o salário dos pais para poder dar uma vaga para o estudante no CRUSP. Aliás, boa parte destes estudantes carentes está morando em um alojamento embaixo do estádio do CEPEUSP, em condições indignas.

Vejam algumas matérias na imprensa sobre a ocupação:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u19559.shtml

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u300067.shtml

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u19575.shtml

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u19574.shtml

quarta-feira, maio 23, 2007

Desigualdade e Violência em SP

Abaixo o mapa de SP de acordo com o índice de vulnerabilidade juvenil, um índice que mede a probabilidade do jovem entrar para o crime, de acordo com BO's de delegacias, nº de ocorrências, homicídios etc.

Abaixo o mapa da cidade de São Paulo de acordo com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). O mapa foi feito por uma pesquisa realizada pela prefeitura de SP e dividiu a cidade por tipos de IDH. IDH europeu (onde vivem 3% da população), IDH asiático, IDH indiano e IDH africano (onde vivem 53% da população de SP):

Os dois mapas praticamente coincidem, evidenciando a relação entre desigualdade social e violência urbana. Isso me faz lembrar uma fala do delegado Hélio Luz no filme "Notícias de uma Guerra Particular", onde ele diz que quando fica em São Conrado olhando pela varanda do edifício a favela da Rocinha ele chega a conclusão que no Brasil existe pouca violência, pois em outro país uma desigualdade social tão absurda como essa geraria muito mais violência (o Brasil é o oitavo país mais desigual do mundo, atrás apenas de países africanos e da Guatemala).


quarta-feira, maio 16, 2007

A eleição de Sarkozy é realmente um avanço da direita na Europa?

Será que a eleição de Sarkozy na França significa um avanço da direita na Europa? Se for, é um avanço de que tipo de direita?

Certamente é um avanço da direita, com seu discurso contra os imigrantes e contra alguns supostos excessos do "Estado de bem-estar social". Mas, depois de assumir, suas propostas de cortes nos gastos sociais ficaram reduzidas a poucas mudanças pontuais. No seguro desemprego, por exemplo, quer fazer com que o beneficiado que recusou três oportunidades de emprego perca o benefício. Mas, no geral, não pretende Sarkozy fazer reformas liberalizantes profundas contra o Estado de bem-estar social. Em parte porque não conseguiria. Enfrentaria a resistência da sociedade francesa, e não apenas dos eleitores de Segolene Royal, como sindicatos e periferias, mas também entre boa parte de seus próprios eleitores Sarkozy perderia apoio.

Então Sarkozy foi uma vitória da direita, mas não de uma extrema direita fascistóide como a representada por Jean Marie Le Pen, e sim de uma centro-direita liberal que provavelmente não terá força para implementar boa parte dos seus desejos robinsonianos.

Vitória da direita significou uma derrota da esquerda? Isso se houvesse realmente uma alternativa de esquerda. Não parecia ser o caso de Segolene Royal. Seu "esquerdismo" se limitava a uma posição mais "compreensiva" com os imigrantes. No plano das relações internacionais, queria manter uma independência em relação à política externa dos EUA. Sarkozy depois de eleito sugeriu um nome de esquerda para cuidar das relações exteriores, um ex-líder do maio de 68, indicando que a França não fará aliança incondicional com os EUA. E, nesse ponto, Sarkozy pode representar um avanço mais lento do "cosmopolitismo liberal" do que Royal, isso porque a candidata derrotada era favorável a um novo referendo sobre a constituição européia. A França já fez o referendo e rejeitou a constituição européia. Tanto a direita quanto a esquerda eram contrárias à esta constituição, e por motivos diferentes: para a esquerda (trotskistas e PCF) a constituição era liberal demais e iria atacar os benefícios sociais e trabalhistas dos franceses. Para a direita, a constituição significava reduzir a soberania da França, transferindo decisões para a sede do parlamento europeu em Bruxelas.

É interessante notar que os dois motivos (da esquerda e da direita) usados na crítica à constituição européia são republicanos. A defesa da igualdade entre os cidadãos e da soberania nacional. Os cosmopolitas liberais que querem derrubar as fronteiras entre os países estão criando formas de poder cada vez mais externas ao poder dos cidadãos, cada vez mais distantes do controle popular. No caso da União Européia, isso quer dizer que um cidadão francês terá ainda menos influência sobre as decisões políticas que afetam sua vida, pois o centro de decisões se afasta cada vez mais, parlamento europeu, em Bruxelas, banco central europeu, financistas internacionais, etc.

O cosmopolitismo tem uma intenção humanitária: acabar com as divisões nacionais entre os homens, que provocaram tantas guerras. No entanto, o resultado de suas ações é a criação de um gigantesco poder imperial, externo e distante dos cidadãos, um poder "impessoal" que regula cada vez mais as vidas dos cidadãos passivos. E essa administração de vidas se dá na forma de "gestão" e não em uma forma política, o que representa um sério risco para a liberdade.

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segunda-feira, maio 07, 2007

Capitalismo Liberal

Texto muito bom do prof. José Luís Fiori sobre a origem do capitalismo anglo-saxão:

DEBATE ABERTO
O capitalismo liberal
As histórias da Grã Bretanha e dos Estados Unidos se prolongam numa mesma direção, da qual é possível se concluir que o imperialismo não é a “fase superior do capitalismo”, mas o seu ponto de partida. Data: 27/04/2007

“It should never be forgotten that this was how the British Empire began: in a maelstrom of seaborne violence and theft.”Niall Ferguson, Empire, Penguin Books

A Inglaterra era uma potência secundária, dentro da Europa, até o século XVII. Não teve recursos para participar da grande guerra européia dos “30 Anos”, entre 1618 e 1648, e em 1688, o Rei James II ainda recebia uma “mesada” de Luiz XIV, para poder fechar o seu orçamento. Por isto também, os ingleses só entraram na corrida colonial européia muito tarde, depois de 1660, primeiro no Caribe, e depois na Índia. Mas desde então o poder da Inglaterra cresceu de forma rápida e contínua, permitindo que ela impusesse supremacia colonial no mundo, e sua hegemonia na Europa, antes da sua Revolução Industrial. E quando a Libra se transformou na moeda de referência internacional, a partir de 1870, o Império Britânico já era o mais extenso e poderoso de toda a história da humanidade.

Existe consenso entre os historiadores a respeito do papel que tiveram a Índia e os Estados Unidos na história deste sucesso político e econômico da Grã Bretanha, mesmo depois da Revolução Americana, que não interrompeu a expansão inglesa na América. Pelo contrário, foi depois da independência norte-americana, e da vitória inglesa sobre a França, em 1815, que os Estados Unidos se transformaram na fronteira de expansão do capital financeiro e do capitalismo inglês, selando uma aliança estratégica, e criando um “território econômico” quase contínuo. Sem esta aliança, por outro lado, seria impossível entender a ousadia precoce e o sucesso do próprio expansionismo americano, que começa praticamente no ano seguinte da independência.

Desde então, como no caso da Grã Bretanha, os Estados Unidos acumularam, de forma contínua, territórios e posições de poder internacional. Um ano apenas depois da assinatura do Tratado de Paz com a Grã Bretanha, em 1784, os comerciantes americanos já estavam presentes nos portos da Ásia e da África. E logo depois, no início do século XIX, o governo americano já se sentia autorizado a proteger seus comerciantes enviando “expedições punitivas” para bombardear as cidades de Trípoli e Argel, em 1801 e 1815, uma prática que só era comum entre as velhas potências coloniais européias. Da mesma forma, os Estados Unidos participou e beneficiou-se, ao lado das grandes potências européias, de vários Tratados Comerciais – os “tratados infames” – impostos aos países africanos e asiáticos, como no caso da China, em 1844, e do Japão, em 1854.

Além disto, dentro da América do Norte, os Estados Unidos expandiram seu território de forma permanente, conquistando, de forma sucessiva, a Flórida, em 1819, o Texas, em 1835, o Oregon, em 1846, o Novo México e a Califórnia, em 1848, e mais os territórios indígenas que só se renderam completamente depois de 27 guerras, feitas entre 1811 e 1891. Por fim, depois da formulação da Doutrina Monroe, em 1823, os Estados Unidos se consideraram com direito à hegemonia exclusiva dentro do “hemisfério ocidental”, e em nome desta supremacia intervieram em Santo Domingo, em 1861, no México, em 1867, na Venezuela, em 1887, e no Brasil, em 1893. Logo depois declararam e venceram a Guerra Hispano-Americana, em 1898, conquistando Cuba, Guam, Porto Rico e Filipinas, para em seguida intervirem no Haiti, em 1902, no Panamá, em 1903, na República Dominicana, em 1905, em Cuba, em 1906, e de novo no Haiti, em 1912. Assumindo, entre 1900 e 1914, o protetorado militar e financeiro da República Dominicana, do Haiti, da Nicarágua, do Panamá e de Cuba, e transformando definitivamente o Caribe e a América Central em sua “zona de segurança” imediata e incontestável.

Como conseqüência, no momento da Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos já detinham a hegemonia inconteste da América, possuíam uma presença relevante na Ásia, e tiveram uma participação decisiva para a vitória da Grã Bretanha e da França, na Europa, e nas decisões da Conferência de Paz de Versailles, em 1919. Mas foi só depois da 2ª Grande Guerra que os norte-americanos ocuparam o lugar da Grã Bretanha dentro do sistema mundial, impondo sua hegemonia na Europa e na Ásia, e também no Oriente Médio, depois da Crise de Suez, em 1956. A nova ordem mundial bipolar construída depois da Segunda Grande Guerra manteve a velha aliança estratégica dos Estados Unidos com a Grã Bretanha e com os demais “povos de língua inglesa”. Mas, além disto, estabeleceu um férreo controle militar sobre a Europa e Ásia, e criou uma engenharia econômica original e virtuosa com relação à Alemanha e ao Japão, que foram transformados em “protetorados militares” dos Estados Unidos e em pivôs do processo de reconstrução econômica da Europa e do Sudeste Asiático.

O que é importante é perceber é que foi só depois da consolidação definitiva deste poder global dos Estados Unidos que se estabilizou o novo sistema monetário internacional “dólar-ouro” e se acelerou o processo de internacionalizaçã o produtiva do capital, liderado pelas grandes corporações multinacionais norte-americanas. Mas este processo de expansão do poder americano não parou com a vitória da Segunda Guerra, e deu um novo salto com o fim da União Soviética e da Guerra Fria, em 1991. E de novo aconteceu a mesma coisa: depois desta nova vitória do poder global dos Estados Unidos, se acelerou a “globalização financeira” e a moeda americana se transformou na primeira moeda internacional sem referencia metálica, sustentada apenas no poder dos Estados Unidos e na “credibilidade” dos seus títulos da Dívida Pública.

Como se pode ver, as histórias da Grã Bretanha e dos Estados Unidos se fundem e se prolongam numa mesma direção, mas não existe ainda uma explicação definitiva do expansionismo destes Estados imperiais. Apesar disto, a sua história permite extrair duas conclusões muito prováveis: i) a liderança econômica liberal da acumulação capitalista - a escala mundial - sempre estará nas mãos de potências expansionistas; e ii) o imperialismo não é a “fase superior do capitalismo” e, pelo contrário, é seu ponto de partida, ou pelo menos foi o ponto de partida do capitalismo liberal anglo-saxão

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