Filósofo francês André Gorz se suicida com a esposa doente
Folha de São Paulo, quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Filósofo francês André Gorz se suicida com a esposa doente
DO "MONDE"
O filósofo francês André Gorz, 84, e sua esposa Dorine, 83, foram encontrados mortos na última segunda em sua casa em Vosnon (oeste francês), lado a lado, por uma amiga que tinha ido visitá-los e encontrou cartas endereçadas a seus familiares. Gorz, cujo nome verdadeiro era Gérard Horst, era autor de "Écologie et Politique" e "Adeus ao Proletariado" e foi amigo próximo de Jean-Paul Sartre. Ele se aposentara em 1983 para cuidar da mulher, que sofria de uma doença degenerativa a qual se somou um câncer. Muito apaixonado, o casal se refugiou na casa onde foi achado.
O suicídio provocou reações até do presidente Nicolas Sarkozy, que, em comunicado, saudou "o destino singular" do filósofo, "grande figura da esquerda intelectual francesa e européia". Em "Lettre à D. Histoire d'un amour", de 2006, Gorz escreveu a Dorine: "Você continua sempre bela, graciosa e desejável. Fazem 58 anos que vivemos juntos, e eu a amo mais que nunca. Recentemente me apaixonei por você novamente e novamente carrego em mim um vazio avassalador que só é preenchido por seu corpo apertado contra o meu." "Essa presença", acrescentou, "foi decisiva na construção de uma obra cuja visibilidade só carrega um nome quando este é o de um casal."
Filósofo francês André Gorz se suicida com a esposa doente
DO "MONDE"
O filósofo francês André Gorz, 84, e sua esposa Dorine, 83, foram encontrados mortos na última segunda em sua casa em Vosnon (oeste francês), lado a lado, por uma amiga que tinha ido visitá-los e encontrou cartas endereçadas a seus familiares. Gorz, cujo nome verdadeiro era Gérard Horst, era autor de "Écologie et Politique" e "Adeus ao Proletariado" e foi amigo próximo de Jean-Paul Sartre. Ele se aposentara em 1983 para cuidar da mulher, que sofria de uma doença degenerativa a qual se somou um câncer. Muito apaixonado, o casal se refugiou na casa onde foi achado.
O suicídio provocou reações até do presidente Nicolas Sarkozy, que, em comunicado, saudou "o destino singular" do filósofo, "grande figura da esquerda intelectual francesa e européia". Em "Lettre à D. Histoire d'un amour", de 2006, Gorz escreveu a Dorine: "Você continua sempre bela, graciosa e desejável. Fazem 58 anos que vivemos juntos, e eu a amo mais que nunca. Recentemente me apaixonei por você novamente e novamente carrego em mim um vazio avassalador que só é preenchido por seu corpo apertado contra o meu." "Essa presença", acrescentou, "foi decisiva na construção de uma obra cuja visibilidade só carrega um nome quando este é o de um casal."