Democracia e Liberalismo 1
É um dos dogmas da sociedade contemporânea a idéia de que democracia e liberalismo são dois lados da mesma moeda. No entanto, essa idéia não resiste à crítica. A democracia é muito anterior ao liberalismo.
Em Atenas, no séc. V a.C., onde começou o uso do termo e a sua prática, ela significava o governo dos muitos, o governo do povo. Sabemos que a cidadania era restrita, mas a participação direta de "quem era cidadão" na assembléia (ekklesia) era condição mínima para que pudéssemos falar em democracia. Em uma população média de 35.000 habitantes, para as decisões mais importantes eram necessários pelo menos 6.000 cidadãos deliberando na assembléia. A assembléia também escolhia, por SORTEIO, os membros do conselho (Boulé), que deveriam organizar os projetos e medidas que seriam votados pela assembléia. Os juízes também eram escolhidos por sorteio, assim como todas as magistraturas (cargos "executivos"), exceto as que exigissem um conhecimento técnico, como por exemplo o chefe militar (estratego), nesses casos o ocupante do cargo era escolhido por sorteio.
O sorteio era a forma de escolha democrática por excelência, pois qualquer cidadão poderia ser escolhido para servir à pátria, independente de sua renda. Ao longo de sua vida, o cidadão ateniense podia ter passado por todos os cargos do estado.
Os oligarcas eram contra o sorteio e eram favoráveis à eleição. O argumento deles era que o sorteio não garantia a "qualidade" do governante, e através da eleição poderíamos escolher os "melhores". Os democratas criticavam afirmando que esses melhores poderiam não ser melhores por "mérito", mas, apenas por possuírem mais riqueza teriam mais chance de ocupar os cargos, comprando votos etc.
Felizmente, na democracia contemporânea adotamos este mecanismo oligárquico – a eleição –como forma de escolha de políticos, assim garantimos a qualidade dos nossos representantes (sic).
Em Atenas, no séc. V a.C., onde começou o uso do termo e a sua prática, ela significava o governo dos muitos, o governo do povo. Sabemos que a cidadania era restrita, mas a participação direta de "quem era cidadão" na assembléia (ekklesia) era condição mínima para que pudéssemos falar em democracia. Em uma população média de 35.000 habitantes, para as decisões mais importantes eram necessários pelo menos 6.000 cidadãos deliberando na assembléia. A assembléia também escolhia, por SORTEIO, os membros do conselho (Boulé), que deveriam organizar os projetos e medidas que seriam votados pela assembléia. Os juízes também eram escolhidos por sorteio, assim como todas as magistraturas (cargos "executivos"), exceto as que exigissem um conhecimento técnico, como por exemplo o chefe militar (estratego), nesses casos o ocupante do cargo era escolhido por sorteio.
O sorteio era a forma de escolha democrática por excelência, pois qualquer cidadão poderia ser escolhido para servir à pátria, independente de sua renda. Ao longo de sua vida, o cidadão ateniense podia ter passado por todos os cargos do estado.
Os oligarcas eram contra o sorteio e eram favoráveis à eleição. O argumento deles era que o sorteio não garantia a "qualidade" do governante, e através da eleição poderíamos escolher os "melhores". Os democratas criticavam afirmando que esses melhores poderiam não ser melhores por "mérito", mas, apenas por possuírem mais riqueza teriam mais chance de ocupar os cargos, comprando votos etc.
Felizmente, na democracia contemporânea adotamos este mecanismo oligárquico – a eleição –como forma de escolha de políticos, assim garantimos a qualidade dos nossos representantes (sic).