A República contra a Máquina

1- Não o mero viver, mas a busca da vida bela. 2- A Liberdade não se negocia, a Paz sim. "Pode-se imaginar um prazer e força na auto-determinação, uma liberdade da vontade, em que um espírito se despede de toda crença, todo desejo de certeza, treinado que é em se equilibrar sobre tênues cordas e possibilidades e em dançar até mesmo à beira de abismos. Um tal espírito seria o espírito livre por excelência" (Nietzsche. Gaia Ciência, parágrafo 347)

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quarta-feira, outubro 28, 2009

Luis Werneck Vianna vê uma continuidade Vargas-Lula



Na Folha de São Paulo de hoje:


Sociólogo avalia que Lula concluiu "legado reacionário" de Vargas
Luiz Werneck Vianna diz que sucessos do governo não podem deixar em segundo plano justiça social

CLAUDIA ANTUNES
ENVIADA A CAXAMBU (MG)

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva concluiu a "modernização reacionária" do Brasil iniciada por Getúlio Vargas nos anos 30, quando o projeto de industrialização não foi acompanhado por reformas na estrutura agrária. O diagnóstico foi feito ontem pelo sociólogo Luiz Werneck Vianna, um dos principais nomes das ciências sociais brasileiras, na abertura do 33º encontro anual da Anpocs (Associação de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais), em Caxambu (MG).
Para Werneck Vianna, o presidente lidera uma "comunidade fraterna sob comando grão-burguês", em que ele "cimenta a unidade de contrários", mas com a hegemonia concedida ao grande capital rural e urbano.
Numa seção da qual também participaram o presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Marcio Pochmann, e o cientista político tucano Antonio Lavareda, Werneck Vianna deixou claro que não estava desqualificando o governo Lula - "sei das coisas boas que aconteceram e precisam ser valorizadas"-, mas fazendo um alerta para o futuro.
Ele avalia que o Brasil se tornou um "global player" e vive a "hora da virada". "Vamos para uma escala de desenvolvimento que vai reiterar as mais doces expectativas que acalentamos nos anos 50 e 60", disse o professor do Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio).
O problema, continuou, é que todos os setores "se aninharam no interior do Estado", do agronegócio aos sindicatos, passando pela indústria paulista. Esse Estado "verticalizado e centralizado", por sua vez, se diz "representante de todos", o que esvaziaria o debate público.
"A arca do tesouro vai servir a quem?", perguntou, referindo-se ao petróleo do pré-sal e às antigas demandas por justiça social. "Vamos organizar o capitalismo numa social-democracia avançada. Sim ao Estado forte, mas sob controle da sociedade, não sobreposto assimetricamente a ela", pregou.
O presidente do Ipea se referiu ao mesmo impasse. Pochmann disse que há agora "uma maioria política" capaz de deixar para trás o projeto de "integração passiva e subordinada" do Brasil ao mundo. Mas, para ele, ainda está em jogo que tipo de desenvolvimento o Brasil terá. "Teremos a mesma dinâmica do século passado, baseada em casas, carros, bens de consumo duráveis? Ou um desenvolvimento ambientalmente sustentável?", perguntou.
Pochmann defendeu que a disputa entre PT e PSDB pela "condução do atraso brasileiro" na eleição de 2010 definirá a continuidade do projeto de "capitalismo organizado" ou a volta à "financeirização" não produtiva. Os possíveis candidatos tucanos "têm menor possibilidade de se aliar às forças do produtivismo", disse.
Werneck Vianna minimiza. "Mesmo o Serra vai manter esse projeto, com modulações próprias", disse sobre o governador paulista, possível candidato do PSDB à Presidência.

Uso eleitoral de obras é normal na democracia

Muitos criticam o uso eleitoral das obras e feitos de um governo nas democracias. Critica-se o fato de que os políticos, em geral, deixam as principais obras para o último ano de mandato, a fim de que sua inauguração esteja mais próxima das eleições e eles possam colher os frutos eleitorais. Como crítica moral sem nenhuma conseqüência na realidade, a crítica pode ser válida. Entretanto, para um analista político, essa crítica não tem valor nenhum, pois ela não adiciona nada ao nosso conhecimento da política tal como ela é e funciona. O políticos querem se manter no poder, e, nas democracias, isso se dá através de eleições, portanto, se os políticos forem racionais, farão de tudo para maximizar a quantidade de votos que ele ou seus aliados terão nas próximas eleições. Daí a proliferação de inaugurações e discursos em anos eleitorais. Não há um único político que não faça isto, pois se trata de uma necessidade para a sua própria sobrevivência política.

A acusação de que um ou outro político está transformando uma inauguração de obra em palanque eleitoral, faz parte do jogo de cena da disputa política. Os políticos que estão na oposição criticam o "uso político" das inaugurações. Assim que eles estiverem no governo, a situação se inverte: serão eles os acusados de "uso político" das obras públicas.

Raramente os políticos de oposição desperdiçam a oportunidade de ganhar votos de eleitores ingênuos acusando o governo do momento do "uso político" das inaugurações. Não seriam "políticos" se não fizessem essa acusação. Daí o caráter curioso das declarações de José Serra no Estadão de hoje, onde admitiu o "uso legitimo" dos dividendos da gestão, minimizando assim as críticas que ele poderia receber por fazer "uso político" de inaugurações ou obras em SP, mas também minimizando as críticas que, na esfera federal, o seu próprio partido, o PSDB, e seus aliados do DEM, fazem às inaugurações de obras do governo Lula, que, acusam, "são palanques eleitorais" para a candidata Dilma Roussef.
Abaixo a matéria do jornal o Estado de São Paulo (28/10/2009):


Colher ''dividendos políticos'' de gestão é legítimo, diz Serra

Ao mesmo tempo, PSDB acusa Lula de uso eleitoral de eventos de governo
Silvia Amorim

No comando do maior Estado do País, o governador de São Paulo, José Serra, afirmou ontem ser legítimo usar ações de governo para "colher dividendos políticos". O tucano é um dos nomes do PSDB para a disputa da Presidência da República em 2010. "A gente saber o que nós mesmos fizemos (no governo) é muito importante para poder explicar, defender e inclusive colher dividendos políticos, o que é legítimo dentro de uma ação governamental", afirmou o tucano, ao participar de cerimônia para sanção de um projeto de lei que tem como beneficiários em potencial cerca de 220 mil professores.

A declaração foi feita para uma plateia de parlamentares e dirigentes de escolas no momento em que Serra enfatizava a necessidade de todos conhecerem a fundo os detalhes do Programa de Valorização pelo Mérito. A nova medida permitirá aos professores da rede estadual até quadruplicar o salário ao longo da carreira. Ele, entretanto, foi breve no comentário e não deu detalhes de como acredita que deveria ser feita essa "colheita" política.

Na esfera federal, o PSDB e o DEM acionaram na Justiça o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, com a acusação de uso eleitoral de eventos rotineiros de governo. O caso que gerou a representação foi a visita de Lula e Dilma às obras de transposição do Rio São Francisco neste mês.

O secretário estadual da Educação, ex-ministro Paulo Renato, que acompanhou Serra na cerimônia, afirmou que a lei sancionada ontem à tarde poderia sim trazer "dividendos políticos". "A médio prazo certamente terá."

Serra tem criticado com frequência o PSDB por não explorar politicamente experiências bem-sucedidas das gestões tucanas pelo País. Já admitiu algumas vezes em público que considera o PT muito mais competente em capitalizar politicamente ações governamentais do que os tucanos. Em uma dessas ocasiões, o alvo da queixa era sua própria equipe de governo.

Ontem foi o segundo evento organizado pelo governo para divulgar o Programa de Valorização pelo Mérito aos professores. O primeiro, em agosto, foi quando Serra enviou o projeto de lei à Assembleia. Em seu discurso, contudo, Serra disse que não governa de olho no calendário eleitoral.

Mais uma vez, ele fez críticas sem mencionar o destinatário. "Para nós, educação não é discurso nem frufru. Chama empresários fala isso, fala aquilo, faz declarações, expressão de intenções, mas, na prática, fica no frufru até a próxima campanha", disse.

quinta-feira, outubro 22, 2009

Parte da entrevista de Lula na Folha de hoje

FOLHA - Ciro disse que o sr. e FHC foram tolerantes com o patrimonialismo para fazer aliança no Congresso. Ou seja, aceitaram a prática política de usar os bens públicos como privados. "No governo Lula, vi um pouco de novo a mesma coisa", ele disse em entrevista em fevereiro de 2008. Como responde a essa crítica?
LULA - Qualquer um que ganhar as eleições, pode ser o maior xiita deste país ou o maior direitista, ele não conseguirá montar o governo fora da realidade política. Entre o que se quer e o que se pode fazer, tem uma diferença do tamanho do oceano Atlântico. E o eleitor escolheu seus representantes. Quem ganhar a Presidência amanhã, terá de fazer quase a mesma composição, porque este é o espectro político brasileiro. Não é o espectro do Ciro, do Lula, do FHC, do Serra, da Dilma. Coloque tudo isso na frigideira e perceberá que são os ovos que a galinha botou. São com eles que terá de fazer o omelete.
FOLHA - Nunca se sentiu incomodado por ter feito alguma concessão?
LULA - Nunca me senti incomodado. Nunca fiz concessão política. Faço acordo. Uma forma de evitar a montagem do governo é ficar dizendo que vai encher de petista. O que a oposição quer dizer com isso. Era para deixar quem estava. O PSDB e o PFL (hoje DEM) queriam deixar nos cargos quem já estava lá. Quem vier para cá não montará governo fora da realidade política. Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão.
FOLHA - É isso que explica o sr. ter reatado com Collor, apesar do jogo baixo na campanha de 1989?
LULA - Minha relação com o Collor é a de um presidente da República com um senador de um partido que faz parte da base da base. Os senadores do PTB têm votado sistematicamente com o governo.
FOLHA - Do ponto de vista pessoal, não o incomoda? Não lhe dá aperto no peito?
LULA - Não tenho razão para carregar mágoa ou ressentimento. Quando o cidadão tem mágoa, só ele sofre. A pessoa que é a razão de ele ter mágoa vive muito bem, e só ele sofre. Quando se chega à Presidência da República, a responsabilidade nas suas costas é de tal envergadura que você não tem o direito de ser pequeno. Tem de ter as atitudes de chefe de Estado. Fico sempre olhando quando a Alemanha e a França resolveram criar a União Européia. A grandeza daqueles dirigentes políticos, ainda com o gosto de sangue da Segunda Guerra Mundial.


Entrevista completa em:  http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u641276.shtml








Financial Times considerou correta a decisão do governo brasileiro

Financial Times considerou correta a decisão do governo brasileiro de taxar capital externo. 
Saiu hoje na Folha online:

22/10/2009 - 05h46

IOF sobre capital externo é medida "sábia", diz "Financial Times"

da BBC Brasil
Em editorial publicado nesta quinta-feira, o jornal britânico "Financial Times" apoia a decisão do governo brasileiro de taxar em 2% a entrada de capital estrangeiro no mercado financeiro, afirmando que o país está sendo "sábio" ao tentar evitar uma bolha especulativa "antes que seja tarde demais".
No artigo, intitulado "Atração fatal", o jornal avalia que "a modesta taxa sobre entrada de capital do Brasil é uma política sábia", argumentando que o fluxo excessivo de capital para o mercado pode trazer mais estragos que benefícios ao país.
"A paixão dos investidores impulsionou a moeda em 54,5% em relação ao dólar e 23% em termos de comércio - até que o governo disse 'chega' e impôs uma taxa de 2% sobre a entrada de capital para carteiras de investimento. Embora investidores ofendidos tenham deixado o preço das ações e do real cair, foi uma boa escolha", diz o editorial.
"Diferentemente da garota de Ipanema, o suíngue e o balanço do real é bem menos bacana e delicado", brincam os editorialistas.
O editorial observa que "cada vez mais, o capital entra no Brasil através das carteiras de investimento em vez de investimento direto externo".
"Enquanto a IED (média de investimento externo direto) em agosto, de US$ 1,6 bilhão, foi menos da metade de um ano antes, os fluxos para as carteiras de investimento mais que duplicaram, chegando a US$ 5,2 bilhões", cita.
"Estão colocados os ingredientes para uma clássica bolha de ativos de mercado emergente. O iminente status do Brasil como potência exportadora de petróleo aumenta a pressão."
Na avaliação do "FT", "o governo é sábio de se preocupar antes que seja tarde demais". "Nosso sistema monetário global, frágil e febril, deixa os países emergentes com menos opções para conter as bolhas, todas piores do que esta."
Para o jornal, "o Brasil tem elaborado suas políticas de maneira sensata".
"A taxa é modesta. Não se aplica ao investimento direto, menos propenso às bolhas de ativos. Mais importante, ela trata o investidor honestamente, taxando-os na ida ao invés de no momento em que eles tentam reaver seu dinheiro, como fez a Malásia há uma década. Agora o governo deve tranquilizar investidores, certificando-se de que eles entendem o raciocínio."
Câmbio
Entretanto, o jornal avalia que a posição do governo ao tentar justificar a taxa de 2% alegando uma tentativa de controle do câmbio é "começar as coisas pelo lado errado".
"A apreciação do real é sintoma da charada do Brasil; a causa subjacente são os fluxos de capitais que há anos vêm aumentando de intensidade e foram temporariamente interrompidos pela crise financeira", diz o artigo.
Concluindo o editorial, o "FT" avalia que "um Brasil bem-sucedido terá de viver com um real mais forte". "A taxa não altera este fato, mas ajuda a manter a tarefa sob controle."




quarta-feira, outubro 21, 2009

Eleições de 2010


O cenário eleitoral de 2010 já começa a ser desenhado com três candidaturas de peso:
PT-PMDB: Dilma Roussef, com o apoio de Lula.
PSDB-DEM: José Serra ou Aécio Neves? O DEM está manifestando preferência por Aécio. Querem adiar a definição para o início do ano que vem.
PSB: Ciro Gomes. Mas não está claro se sairá candidato, depois da aliança fechada entre PT e PMDB. É provável que se candidate ao governo de SP, com apoio de Lula.
Temos ainda uma candidatura para marcar posição, Marina Silva, do PV, com provável apoio de Heloísa Helena do PSOL.

Vejam as notícias na Folha de São Paulo de hoje:


União PT-PMDB dobra tempo de TV de Dilma
Por aliança, peemedebistas exigem a vice na chapa da ministra e solução nos Estados onde há discordância com petistas

Pré-compromisso ajuda a isolar a ala do PMDB que defende o apoio ao PSDB e fortalece a candidatura única da base governista 

LETÍCIA SANDER
FÁBIO ZANINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O "pré-compromisso" eleitoral entre PT e PMDB vai garantir à pré-candidata governista às eleições de 2010, ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), o dobro do tempo de propaganda gratuita na TV. Em troca, o PMDB exige a vice na chapa e uma solução nos Estados onde estão concentradas as principais divergências com o PT.
Os peemedebistas também querem assento na coordenação da campanha da ministra e participação ativa na formulação do programa de governo.
Para selar o acordo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou as cúpulas dos dois partidos para um jantar ontem no Palácio da Alvorada. Até a conclusão desta edição, o jantar estava acontecendo. A expectativa era que, no final, fosse divulgada uma nota à imprensa detalhando o acerto.
O anúncio é simbólico, já que a aliança precisa ser aprovada na convenção nacional do PMDB em junho de 2010. Mas serve para isolar a ala do partido que defende o apoio à candidatura do PSDB à Presidência.
Serve ainda como uma demonstração de força, num momento em que o Planalto busca uma candidatura única da base governista, o que exigiria tirar o deputado Ciro Gomes (PSB-SP) da disputa nacional.
O interesse do PT em atrair o PMDB se explica na força da máquina peemedebista, a principal legenda hoje do país, com o maior número de prefeitos e congressistas. Por isso tem o maior tempo de TV no horário eleitoral gratuito da campanha.
Num cenário hipotético com sete candidatos à Presidência -Dilma, José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Ciro, além de ao menos três outros de legendas nanicas-, o PMDB pode chegar a ter 16% do tempo semanal de propaganda na TV. O PT teria 15% e o PSDB, 13%.
O texto da nota de ontem foi discutido num almoço de peemedebistas na casa do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), hoje o nome mais forte para assumir a vice na chapa. Outros nomes cogitados foram o do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o do ministro das Comunicações, Hélio Costa. O teor da nota ainda seria submetido ao PT no jantar de ontem.
A nota tem cinco pontos. O mais importante diz que os "partidos levarão a suas instâncias o pré-compromisso, construindo soluções conjuntas nas alianças regionais".
Esse trecho é o que mais interessa ao PMDB e foi colocado como forma de ameaça velada ao PT. Se os petistas não abrirem espaço para peemedebistas em vários Estados, o "pré-compromisso" será rasgado.
Outro ponto deixa claro que o PMDB terá a vaga de vice. Para aprovar o apoio a Dilma, é preciso a maioria dos 719 votos da convenção peemedebista -360, portanto. A cúpula governista do PMDB calcula que hoje há 450 pela aliança. Como os Estados têm grande força na decisão, resolver problemas regionais se torna mais relevante.
Hoje, PT e PMDB não se entendem em alguns dos principais Estados, como Minas, Rio, Bahia e Rio Grande do Sul.
Ontem à tarde, as lideranças peemedebistas no Congresso saíram em defesa do acordo com o PT. Temer afirmou que, sem dúvida, este é um passo importante por mostrar "que o PMDB está presente".
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que, com o apoio explícito de Lula, se segurou no cargo após uma série de denúncias ao longo deste ano, foi na mesma linha de defesa da aliança com o PT.

Colaboraram VALDO CRUZ e ADRIANO CEOLIN , da Sucursal de Brasília



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Apoio do DEM é um "estímulo" a sua candidatura, afirma Aécio
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Um dia depois de apresentar ao comando do PSDB sua candidatura à Presidência, o governador de Minas, Aécio Neves, disse ontem ter recebido como um "enorme estímulo e incentivo" a manifestação de apoio de parlamentares do DEM. Segundo ele, essa "posição majoritária" mostra que a disputa no PSDB não está decidida em favor do governador José Serra.
"Isso é uma demonstração clara de que não há decisão tomada e há espaço para criarmos um projeto que chamaria de mais convergente. É um estímulo muito grande", disse.
Aécio disse ainda que o PSDB deve escolher até janeiro quem será seu candidato a presidente. Serra defende que a decisão ocorra somente em março.
Em encontro anteontem com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e com o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), Aécio defendeu a definição antecipada e cobrou que Serra manifeste se quer concorrer.
De volta a Belo Horizonte, Aécio disse que não é a cúpula partidária que tenta empurrar o prazo da escolha. "Eu, por exemplo, ouvi do presidente Sérgio Guerra que gostaria até de ter uma decisão antes de janeiro", disse, sem citar Serra.
Aécio disse que "mais trinta ou menos trinta dias" não vão dividir o partido depois da escolha, mas ele vê necessidade de ela acontecer em janeiro para que o PSDB possa ampliar a sua aliança eleitoral. "Temo que, daí por diante, possamos chegar um pouco atrasados."
Aliados de Serra discordam, sob o argumento de que o anúncio alimenta uma polarização com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A quem interessa antecipar a escolha?", perguntou o vice-governador de SP, Alberto Goldman.
Ontem, em Brasília, Serra ouviu de Guerra um relato da reunião de véspera. Apesar de Aécio ter se apresentado como candidato, serristas temiam que ele anunciasse sua candidatura ao Senado. Comemoram o fato de Aécio ter prometido dedicação à campanha caso Serra seja o presidenciável.

Colaborou CATIA SEABRA, da Reportagem Local



sábado, outubro 17, 2009

Matéria sobre a oposição radical que a extrema direita está fazendo contra Obama

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16190

Luis Nassif perseguido pelos donos da Veja



Mais uma da revista da direita neoliberal, a Veja. Agora atacam o jornalista Luís Nassif. Segue abaixo a notícia:

Abril tenta sufocar Luis Nassif
Abril consegue primeira condenação contra jornalista que foi condenado a pagamento de 100 salários mínimos pelo juiz Vitor Frederico Kümpel, da 27ª Vara Cível, em processo movido por Mário Sabino e pela revista Veja. No primeiro processo, de Eurípedes Alcântara, Nassif foi absolvido. Pode haver apelação nas duas sentenças. "Abril lançou contra mim os ataques mais sórdidos que uma empresa de mídia organizada já endereçou contra qualquer pessoa", diz Nassif.
Do blog de Luis Nassif

Ainda não tenho os dados à mão. Mas, pelo que sou informado, fui condenado a pagamento de 100 salários mínimos pelo juiz Vitor Frederico Kümpel, da 27ª Vara Cível, em processo movido por Mário Sabino e pela revista Veja. No primeiro processo – de Eurípedes Alcântara – fui absolvido.

Pode haver apelação nas duas sentenças.

Ao longo dessa longa noite dos celerados, a Abril lançou contra mim os ataques mais sórdidos que uma empresa de mídia organizada já endereçou contra qualquer pessoa. Escalou dois parajornalistas para ataques sistemáticos, que superaram qualquer nível de razoabilidade. Atacaram a mim, à minha família, ataques à minha vida profissional, à minha vida pessoal, em um nível só comparável ao das mais obscenas comunidades do Orkut.

Não me intimidaram.

Apelaram então para a indústria das ações judiciais – a mesma que a mídia vive criticando como ameaça à liberdade de imprensa. Cinco ações – quatro em nome de jornalistas da Veja, uma em nome da Abril – todas bancadas pela Abril e tocadas pelos mesmos advogados, sob silêncio total da mídia.

Não vou entrar no mérito da sentença do juiz, nem no valor estipulado.

Mas no final do ano fui procurado por um emissário pessoal de Roberto Civita propondo um acordo: retirariam as ações em troca de eu cessar as críticas e retirar as ações e o pedido de direito de resposta. A proposta foi feita em nome da “liberdade de imprensa”. Não aceitei. Em nome da liberdade de imprensa.

Podem vencer na Justiça graças ao poder financeiro que lhes permite abrir várias ações simultaneamente. Quatro ações que percam não os afetará. Uma que eu perca me afetará financeiramente, além dos custos de defesa contra as outras quatro.

Mas no campo jornalístico, perderam para um Blog e para a extraordinária solidariedade que recebi de blogueiros que sequer conhecia, de vocês, de tantos amigos jornalistas que me procuraram pessoalmente, sabendo que qualquer demonstração pública de solidariedade colocaria em risco seus empregos. Melhor que isso, só a solidariedade que uniu minhas filhas em defesa do pai.

PS – Como o processo continua, vou bloquear comentários no post, que eventualmente poderia ser utilizados pela parte contrária



quinta-feira, outubro 15, 2009

Carta da Princesa Isabel


Esta carta da princesa Isabel foi escrita ao seu amigo e sócio do Barão de Mauá, o Visconde de Santa Victória. A carta revela uma Princesa Isabel extremamente progressista para a sua época e revela que seu plano e o de D. Pedro II ia "muito além da abolição", pois pretendiam indenizar e assentar os ex-escravos em "terras suas próprias", ou seja, pretendiam realizar uma reforma agrária. Também defende na carta o voto feminino e relaciona o fracasso da industrialização brasileira com a pressão de "interesses ingleses". A carta indica os motivos pelos quais os fazendeiros escravocratas e militares conservadores aderiram de última hora ao golpe de Estado que proclamou a república.

Trechos da obra de Maquiavel

Para fazer o download de alguns trechos importantes da obra de Maquiavel é só clicar no link:
http://www.megaupload.com/?d=QGKOLJFM

sábado, outubro 10, 2009

Entrevista de Chomsky

Entrevista com o intelectual estado-unidense Noam Chomsky, sobre Obama, a crise econômica e sobre a América do sul:
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2051/artigo127063-1.htm

Brasil como potência regional

Matéria sobre o Brasil como nova potência, na agência de notícias alemã Der Spiegel:

http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/derspiegel/2009/10/10/ult2682u1340.jhtm

quinta-feira, outubro 08, 2009

Controle do povo sobre congresso

Alguns sites muito interessantes revelam a atuação dos nossos "representantes" no congresso nacional. Importante meio para dar transparência às suas ações e permitir um controle da população sobre o congresso.
http://www.congressoaberto.com.br/

Existe também um site que reúne todos os twitters e blogs de políticos:
http://twitcetera.pbworks.com/Politicos

Um site sobre a tranparência:
http://www.transparencia.org.br/index.html

Site que revela qual é a arrecadação e a destinação do dinheiro do orçamento público:
http://contasabertas.uol.com.br/asp/

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