A República contra a Máquina

1- Não o mero viver, mas a busca da vida bela. 2- A Liberdade não se negocia, a Paz sim. "Pode-se imaginar um prazer e força na auto-determinação, uma liberdade da vontade, em que um espírito se despede de toda crença, todo desejo de certeza, treinado que é em se equilibrar sobre tênues cordas e possibilidades e em dançar até mesmo à beira de abismos. Um tal espírito seria o espírito livre por excelência" (Nietzsche. Gaia Ciência, parágrafo 347)

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quarta-feira, outubro 21, 2009

Eleições de 2010


O cenário eleitoral de 2010 já começa a ser desenhado com três candidaturas de peso:
PT-PMDB: Dilma Roussef, com o apoio de Lula.
PSDB-DEM: José Serra ou Aécio Neves? O DEM está manifestando preferência por Aécio. Querem adiar a definição para o início do ano que vem.
PSB: Ciro Gomes. Mas não está claro se sairá candidato, depois da aliança fechada entre PT e PMDB. É provável que se candidate ao governo de SP, com apoio de Lula.
Temos ainda uma candidatura para marcar posição, Marina Silva, do PV, com provável apoio de Heloísa Helena do PSOL.

Vejam as notícias na Folha de São Paulo de hoje:


União PT-PMDB dobra tempo de TV de Dilma
Por aliança, peemedebistas exigem a vice na chapa da ministra e solução nos Estados onde há discordância com petistas

Pré-compromisso ajuda a isolar a ala do PMDB que defende o apoio ao PSDB e fortalece a candidatura única da base governista 

LETÍCIA SANDER
FÁBIO ZANINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O "pré-compromisso" eleitoral entre PT e PMDB vai garantir à pré-candidata governista às eleições de 2010, ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), o dobro do tempo de propaganda gratuita na TV. Em troca, o PMDB exige a vice na chapa e uma solução nos Estados onde estão concentradas as principais divergências com o PT.
Os peemedebistas também querem assento na coordenação da campanha da ministra e participação ativa na formulação do programa de governo.
Para selar o acordo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou as cúpulas dos dois partidos para um jantar ontem no Palácio da Alvorada. Até a conclusão desta edição, o jantar estava acontecendo. A expectativa era que, no final, fosse divulgada uma nota à imprensa detalhando o acerto.
O anúncio é simbólico, já que a aliança precisa ser aprovada na convenção nacional do PMDB em junho de 2010. Mas serve para isolar a ala do partido que defende o apoio à candidatura do PSDB à Presidência.
Serve ainda como uma demonstração de força, num momento em que o Planalto busca uma candidatura única da base governista, o que exigiria tirar o deputado Ciro Gomes (PSB-SP) da disputa nacional.
O interesse do PT em atrair o PMDB se explica na força da máquina peemedebista, a principal legenda hoje do país, com o maior número de prefeitos e congressistas. Por isso tem o maior tempo de TV no horário eleitoral gratuito da campanha.
Num cenário hipotético com sete candidatos à Presidência -Dilma, José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Ciro, além de ao menos três outros de legendas nanicas-, o PMDB pode chegar a ter 16% do tempo semanal de propaganda na TV. O PT teria 15% e o PSDB, 13%.
O texto da nota de ontem foi discutido num almoço de peemedebistas na casa do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), hoje o nome mais forte para assumir a vice na chapa. Outros nomes cogitados foram o do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o do ministro das Comunicações, Hélio Costa. O teor da nota ainda seria submetido ao PT no jantar de ontem.
A nota tem cinco pontos. O mais importante diz que os "partidos levarão a suas instâncias o pré-compromisso, construindo soluções conjuntas nas alianças regionais".
Esse trecho é o que mais interessa ao PMDB e foi colocado como forma de ameaça velada ao PT. Se os petistas não abrirem espaço para peemedebistas em vários Estados, o "pré-compromisso" será rasgado.
Outro ponto deixa claro que o PMDB terá a vaga de vice. Para aprovar o apoio a Dilma, é preciso a maioria dos 719 votos da convenção peemedebista -360, portanto. A cúpula governista do PMDB calcula que hoje há 450 pela aliança. Como os Estados têm grande força na decisão, resolver problemas regionais se torna mais relevante.
Hoje, PT e PMDB não se entendem em alguns dos principais Estados, como Minas, Rio, Bahia e Rio Grande do Sul.
Ontem à tarde, as lideranças peemedebistas no Congresso saíram em defesa do acordo com o PT. Temer afirmou que, sem dúvida, este é um passo importante por mostrar "que o PMDB está presente".
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que, com o apoio explícito de Lula, se segurou no cargo após uma série de denúncias ao longo deste ano, foi na mesma linha de defesa da aliança com o PT.

Colaboraram VALDO CRUZ e ADRIANO CEOLIN , da Sucursal de Brasília



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Apoio do DEM é um "estímulo" a sua candidatura, afirma Aécio
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Um dia depois de apresentar ao comando do PSDB sua candidatura à Presidência, o governador de Minas, Aécio Neves, disse ontem ter recebido como um "enorme estímulo e incentivo" a manifestação de apoio de parlamentares do DEM. Segundo ele, essa "posição majoritária" mostra que a disputa no PSDB não está decidida em favor do governador José Serra.
"Isso é uma demonstração clara de que não há decisão tomada e há espaço para criarmos um projeto que chamaria de mais convergente. É um estímulo muito grande", disse.
Aécio disse ainda que o PSDB deve escolher até janeiro quem será seu candidato a presidente. Serra defende que a decisão ocorra somente em março.
Em encontro anteontem com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e com o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), Aécio defendeu a definição antecipada e cobrou que Serra manifeste se quer concorrer.
De volta a Belo Horizonte, Aécio disse que não é a cúpula partidária que tenta empurrar o prazo da escolha. "Eu, por exemplo, ouvi do presidente Sérgio Guerra que gostaria até de ter uma decisão antes de janeiro", disse, sem citar Serra.
Aécio disse que "mais trinta ou menos trinta dias" não vão dividir o partido depois da escolha, mas ele vê necessidade de ela acontecer em janeiro para que o PSDB possa ampliar a sua aliança eleitoral. "Temo que, daí por diante, possamos chegar um pouco atrasados."
Aliados de Serra discordam, sob o argumento de que o anúncio alimenta uma polarização com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A quem interessa antecipar a escolha?", perguntou o vice-governador de SP, Alberto Goldman.
Ontem, em Brasília, Serra ouviu de Guerra um relato da reunião de véspera. Apesar de Aécio ter se apresentado como candidato, serristas temiam que ele anunciasse sua candidatura ao Senado. Comemoram o fato de Aécio ter prometido dedicação à campanha caso Serra seja o presidenciável.

Colaborou CATIA SEABRA, da Reportagem Local



1 Comments:

Blogger Albino said...

O que ha de comum entre os tucanos e os petista neste momento é o fato de que ambos querem empurrar o Ciro para fora da disputa.Os tucanos porque preferem ver o Serra enfrentar a ministra Dilma no segundo turno das eleiçoes e os petistas porque temem ser desbancados por Ciro já no primeiro turno.

21 outubro, 2009 21:16  

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