A República contra a Máquina

1- Não o mero viver, mas a busca da vida bela. 2- A Liberdade não se negocia, a Paz sim. "Pode-se imaginar um prazer e força na auto-determinação, uma liberdade da vontade, em que um espírito se despede de toda crença, todo desejo de certeza, treinado que é em se equilibrar sobre tênues cordas e possibilidades e em dançar até mesmo à beira de abismos. Um tal espírito seria o espírito livre por excelência" (Nietzsche. Gaia Ciência, parágrafo 347)

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quinta-feira, outubro 22, 2009

Financial Times considerou correta a decisão do governo brasileiro

Financial Times considerou correta a decisão do governo brasileiro de taxar capital externo. 
Saiu hoje na Folha online:

22/10/2009 - 05h46

IOF sobre capital externo é medida "sábia", diz "Financial Times"

da BBC Brasil
Em editorial publicado nesta quinta-feira, o jornal britânico "Financial Times" apoia a decisão do governo brasileiro de taxar em 2% a entrada de capital estrangeiro no mercado financeiro, afirmando que o país está sendo "sábio" ao tentar evitar uma bolha especulativa "antes que seja tarde demais".
No artigo, intitulado "Atração fatal", o jornal avalia que "a modesta taxa sobre entrada de capital do Brasil é uma política sábia", argumentando que o fluxo excessivo de capital para o mercado pode trazer mais estragos que benefícios ao país.
"A paixão dos investidores impulsionou a moeda em 54,5% em relação ao dólar e 23% em termos de comércio - até que o governo disse 'chega' e impôs uma taxa de 2% sobre a entrada de capital para carteiras de investimento. Embora investidores ofendidos tenham deixado o preço das ações e do real cair, foi uma boa escolha", diz o editorial.
"Diferentemente da garota de Ipanema, o suíngue e o balanço do real é bem menos bacana e delicado", brincam os editorialistas.
O editorial observa que "cada vez mais, o capital entra no Brasil através das carteiras de investimento em vez de investimento direto externo".
"Enquanto a IED (média de investimento externo direto) em agosto, de US$ 1,6 bilhão, foi menos da metade de um ano antes, os fluxos para as carteiras de investimento mais que duplicaram, chegando a US$ 5,2 bilhões", cita.
"Estão colocados os ingredientes para uma clássica bolha de ativos de mercado emergente. O iminente status do Brasil como potência exportadora de petróleo aumenta a pressão."
Na avaliação do "FT", "o governo é sábio de se preocupar antes que seja tarde demais". "Nosso sistema monetário global, frágil e febril, deixa os países emergentes com menos opções para conter as bolhas, todas piores do que esta."
Para o jornal, "o Brasil tem elaborado suas políticas de maneira sensata".
"A taxa é modesta. Não se aplica ao investimento direto, menos propenso às bolhas de ativos. Mais importante, ela trata o investidor honestamente, taxando-os na ida ao invés de no momento em que eles tentam reaver seu dinheiro, como fez a Malásia há uma década. Agora o governo deve tranquilizar investidores, certificando-se de que eles entendem o raciocínio."
Câmbio
Entretanto, o jornal avalia que a posição do governo ao tentar justificar a taxa de 2% alegando uma tentativa de controle do câmbio é "começar as coisas pelo lado errado".
"A apreciação do real é sintoma da charada do Brasil; a causa subjacente são os fluxos de capitais que há anos vêm aumentando de intensidade e foram temporariamente interrompidos pela crise financeira", diz o artigo.
Concluindo o editorial, o "FT" avalia que "um Brasil bem-sucedido terá de viver com um real mais forte". "A taxa não altera este fato, mas ajuda a manter a tarefa sob controle."




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