A República contra a Máquina

1- Não o mero viver, mas a busca da vida bela. 2- A Liberdade não se negocia, a Paz sim. "Pode-se imaginar um prazer e força na auto-determinação, uma liberdade da vontade, em que um espírito se despede de toda crença, todo desejo de certeza, treinado que é em se equilibrar sobre tênues cordas e possibilidades e em dançar até mesmo à beira de abismos. Um tal espírito seria o espírito livre por excelência" (Nietzsche. Gaia Ciência, parágrafo 347)

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quinta-feira, março 15, 2007

Uma pergunta que separa os republicanos e os liberais

Você defende um mundo com bandeiras ou sem bandeiras?

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Eu defendo um mundo com uma só bandeira - o que, em certo sentido, equivale a nenhuma. Isso é ser liberal?

22 março, 2007 15:20  
Blogger Jean Gabriel said...

O liberalismo é cosmopolita. Acredita que o indivíduo é um cidadão do mundo. Na mitologia liberal, o indivíduo é um ser racional, livre para escolher entre qualquer fim, valor, religião etc. Logo, ele não é determinado por ter nascido em uma época determinada, em um país determinado, em uma cultura determinada, em uma classe determinada. Ele é praticamente um indivíduo indeterminado. Para Hegel, esse indivíduo liberal não existia. Era um indivúduo completamente abstrato. Não existe "O Homem", existe o francês fazendeiro, o francês camponês, o boliviano operário, o brasileiro sem terra, o banqueiro etc. Mas não o homem em geral cidadão do cosmos. Sempre é determinado.

Marx concordou com Hegel quanto a isso ser verdade até hoje, mas não sabemos bem o que ele pensava quanto ao futuro (depois da revolução internacional). Há quem diga que aí finalmente este ideal iluminista (liberal?) se realizaria finalmente. Outros discordam.
O republicano pode até pensar em termos internacionais, não de maneira abstrata, mas sabendo que ele é parte de um povo, de uma nação, cultura, classe etc. Isso porque o republicano não considera que o indivíduo seja anterior à comunidade. Não acredita no indivíduo abstrato nem na razão abstrata. A comunidade vem antes do indivíduo. Não escolhemos o país em que nascemos, não escolhemos a nossa língua materna, etc. etc. Então, o republicano defende sim um mundo com bandeiras, primeiro porque não considera possível eliminar a diversidade, segundo porque não acha desejável um mundo homogêneo.

Para criar um mundo homogêneo e sem conflitos o custo seria a total perda de liberdade. Um Império cosmopolita poderia tentar realizar esse ideal.

22 março, 2007 19:12  

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