A República contra a Máquina

1- Não o mero viver, mas a busca da vida bela. 2- A Liberdade não se negocia, a Paz sim. "Pode-se imaginar um prazer e força na auto-determinação, uma liberdade da vontade, em que um espírito se despede de toda crença, todo desejo de certeza, treinado que é em se equilibrar sobre tênues cordas e possibilidades e em dançar até mesmo à beira de abismos. Um tal espírito seria o espírito livre por excelência" (Nietzsche. Gaia Ciência, parágrafo 347)

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segunda-feira, março 19, 2007

Argentina cresce o triplo do Brasil, depois de romper com o FMI e renegociar a dívida externa

Depois de cinco greves gerais e depois de derrubar dois presidentes, a Argentina foi obrigada a romper com o FMI e a renegociar a sua dívida externa. A imprensa neoliberal – como a revista Veja – na época anunciou caos: "nunca mais investirão na Argentina", "As medidas populistas de Kirchner afastarão os investidores estrangeiros e aumentarão a pobreza na Argentina". No entanto, o que ocorreu foi o oposto. A Argentina voltou a ter crescimento econômico. Em 2003 e 2004 apenas recuperaram o terreno perdido com a crise anterior. A partir de 2005, o crescimento já é além do PIB anterior à crise. Enquanto isso, o Brasil colhe taxas de crescimento econômico medíocres e segue com uma taxa de juros absurda (para engordar o lucro dos bancos e do setor financeiro) e com um câmbio sobrevalorizado (que prejudica nossas exportações).

Saiu na Folha:
Folha de São Paulo, sexta-feira, 16 de março de 2007
Argentina cresce quase o triplo do Brasil

Economia avança 8,5% em 2006, e governo Kirchner prevê mais 7% para este ano; crescimento brasileiro foi de 2,9%
Para o governo, resultado é resposta aos críticos que dizem que as empresas não investem devido ao elevado grau de intervenção estatal
BRUNO LIMADE BUENOS AIRES
A economia da Argentina cresceu 8,5% em 2006, segundo dados da evolução do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados ontem pelo Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos), órgão que corresponde ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O Brasil cresceu 2,9% em 2006.
Em pleno ano eleitoral, esse desempenho é, para o governo, uma resposta aos críticos que dizem que, com o alto grau de intervençãoestatal, as empresas estão deixando de investir.Joydeep Mukherji, diretor de qualificações soberanas da Standard & Poor's para a América Latina, porém, explica que o que mudou, com o clima de incerteza econômica, foi a maneira de investir.

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Calote destravou a economia, mas teve custos
MARCELO BILLIDA
O PIB (Produto Interno Bruto) da Argentina cresceu mais de 8% pelo quarto ano consecutivo, e é inevitável que os brasileiros perguntem por que o Brasil também não chega lá.É difícil comparar os dois países. Antes de mais nada, porque a Argentina, em 2003, primeiro ano de crescimento realmente rigoroso, saía da maior crise de sua história - uma das maiores crises de todos os tempos, excluídas grandes guerras e catástrofes naturais.

Apenas entre 1999 e 2002, a economia argentina encolhera 15%. Assim, 2003 e 2004 foram anos em que os argentinos apenas recuperaram o terreno perdido no período de crise. Até 2005, o que os analistas do setor privado, ou a maioria deles, diziam era que os argentinos estavam apenas usando a capacidade ociosa deixada pela crise e que, tão logo ela fosse completamente esgotada, o crescimento desapareceria por falta de investimento. Mas dois anos depois e alguns aumentos graúdos de investimentos provaram que eles estavam errados.

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