A República contra a Máquina

1- Não o mero viver, mas a busca da vida bela. 2- A Liberdade não se negocia, a Paz sim. "Pode-se imaginar um prazer e força na auto-determinação, uma liberdade da vontade, em que um espírito se despede de toda crença, todo desejo de certeza, treinado que é em se equilibrar sobre tênues cordas e possibilidades e em dançar até mesmo à beira de abismos. Um tal espírito seria o espírito livre por excelência" (Nietzsche. Gaia Ciência, parágrafo 347)

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terça-feira, março 03, 2009

A república voltará?

A máquina que nos protege já não brilha, podemos escutar também o ruído das engrenagens. Mas o seu trabalho foi bom, quase já não se vê mais vida.
Cairá ela sozinha?

Maldita devoradora de vontades apresenta-te para um duelo com as mesmas armas!
Ah! Mas não é do seu espírito lutar frente a frente, não queres a beleza de um gesto altivo, não conheces a bela morte, queres apenas continuar tua rota, sem imprevistos, pois tua raiz está no medo. És filha de uma religião triste.

Depois que os mercadores chegaram, trazendo a desmedida e dominando a terra, começastes a te tornar a grande senhora, prometendo a paz e os contratos, mas não foi fácil prevalecer diante dos abismos e da guerra.
Havia muita luta e os joviais não te ouviam. Passavam, cortando os mares, com seus seguidores que, entre grandes colisões, buscavam um caminho para a terra firme.

Depois da catástrofe não foi difícil lançar grandes âncoras e dobrar os sobreviventes, tampando seus ouvidos com cera.
Eles queriam a paz definitiva, o fim da disputa, a previsão e o controle.
Daí para frente foi só conectar engrenagens e oferecer segurança, dando oportunidade para que todos tivessem o direito de viver uma longa vida por nada.

Aqui e ali algumas crianças cantando hinos antigos, dançando e lutando.
A república voltará com sua arena desafiando aquela que lhe nega o duelo?

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