A República contra a Máquina

1- Não o mero viver, mas a busca da vida bela. 2- A Liberdade não se negocia, a Paz sim. "Pode-se imaginar um prazer e força na auto-determinação, uma liberdade da vontade, em que um espírito se despede de toda crença, todo desejo de certeza, treinado que é em se equilibrar sobre tênues cordas e possibilidades e em dançar até mesmo à beira de abismos. Um tal espírito seria o espírito livre por excelência" (Nietzsche. Gaia Ciência, parágrafo 347)

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sexta-feira, julho 18, 2008

Vaidade como virtude política

Muitos criticam o delegado, o juiz e o promotor que estão tentando prender Daniel Dantas e sua turma. Alegam que os agentes da lei estão querendo aparecer nos holofotes. Afirmam os críticos que eles estariam sendo movidos pela "vaidade humana".

Qual é o problema com a vaidade? Se mais gente quisesse "aparecer" dessa maneira com certeza a qualidade da justiça, da polícia e dos políticos seria bem melhor.

Na Grécia antiga e em Roma, a busca de "honra, glória e fama", presente na religião e na cultura da época, era um poderoso estímulo para o civismo e a dedicação dos homens ao bem público. Os homens queriam "proferir belas palavras, realizar grandes ações na política" para deixar a sua marca na história e conquistar assim uma imortalidade. Ou seja, eles agiam movidos pela "vaidade". A condenação da vaidade só surgiu depois, com a hegemonia dos galileus, e teve o efeito de diminuir a o interesse do cidadão comum pela política. A condenação da vaidade é antipolítica e aumenta a corrupção.

Se o delegado Protógenes agiu movido pela vaidade então parabéns!

Vaidade pode ser uma virtude política, quem não a têm, como bom filisteu, só quer dinheiro e uma vida tranquila no anonimato...

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